segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

MUSHUP E A INFORMATION RETRIEVAL



O MASHUP surge no contexto das novas ferramentas da WEB 2.0 (cuja característica principal é a integração com o usuário). O seu uso no campo da Ciência da Informação - CI (arquivos, bibliotecas, museus, centros de documentação, serviços de informação e unidades de informação) se constitui em ferramenta essencial para a disseminação da informação, na medida que é mais uma ferramenta de recuperação da informação para o atendimento as necessidades informacionais dos usuários na era do conhecimento.
A Ciência da Informação, segundo Capurro (2003), originou-se como uma teoria da information retrieval - IR (teoria da recuperação da informação), que era baseada numa forma de pensar fisicista. Por isso, o autor afirma que essa forma física da CI (também conhecido como paradigma físico), excluía o papel ativo do usuário no processo de recuperação da informação científica, em particular, bem como em todo processo informativo e comunicativo, em geral. Mas admite que os limites da teoria da recuperação da informação hajam conduzido a uma forma cognitivista de pensar a CI (também conhecido como paradigma cognitivo). Há também

consenso entre os autores ao admitir que as origens da Ciência da Informação encontram-se na Biblioteconomia, em especial nas áreas de documentação e recuperação da informação, e que seu surgimento está intimamente ligado à revolução científica e técnica que se seguiu à II Grande Guerra, em especial ao desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs (SARACEVIC, 1996; INGWERSEN, 1992; LE COADIC, 1996). (ROZADOS, 2003).

Isso pode ser em parte entendido por que o paradigma físico se constituiu a partir do contexto aplicativo da recuperação de informação, esculpido entre as décadas de 60 e 80, que tinha como principal linha de estudos o enfoque essencial nos sistemas de informação, o que colocava o usuário em um plano inferior. Já o paradigma cognitivo tem seu advento em meados da década de 70, apresentando um olhar para o usuário da informação sem considerar, no entanto, suas perspectivas sociais e materiais, que só viriam com o paradigma social a partir de meados da década de 90. (SILVA; FARIAS, 2013). 
Conclui-se que o MASHUP, bem como outras ferramentas da WEB 2.0, viabiliza um processo de comunicação interativo entre o homem e a máquina e que as mensagens enviadas pela máquina ou pelo homem para um indivíduo podem transformar a informação abstrata em senso real.

REFERÊNCIAS
CAPURRO, R. Epistemologia e Ciência da informação. V ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. Belo Horizonte: ECI/UFMG, 2003.
SILVA. J.L.C.; FARIAS, M.G.G.  Reflexões teóricas sobre a construção paradigmática da Ciência da Informação: considerações acerca do(s) paradigma(s) cognitivo(s) e social. BIBLIOS – Revista de Bibliotecología y Ciencia de la Information, 2013. Disponível em < http://biblios.pitt.edu/ojs/index.php/biblios/article/view/89/165>. Acesso em nov.2013.
ROZADOS, H.B.F. A Ciência da Informação em sua aproximação com as Ciências Cognitivas. Em Questão, Porto Alegre, v.9, n.1, p.79-94, jan./jun. 2003.



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