O
que deixa a vida interessante é poder lutar para modificá-la e descobrir o
quanto somos capazes.
http://superfrases.net
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
ESTANTE VIRTUAL
Você já leu algum livro mashup? Não deixe de compartilhar essa
experiência com outros leitores da Estante Virtual.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
POESIA - MASHUP CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
A Luis Mauricio,
Infante
PARTE 1
Acorda, Luis Mauricio. Vou te mostrar o mundo,
se é que não preferes vê-lo de teu reino profundo.
Despertando, Luis Mauricio, não chores mais que um tiquinho.
Se as crianças da América choram em coro, que seria, digamos, do teu
vizinho?
Que seria de ti, Luis Mauricio, pranteando mais que o necessário?
Os olhos se inflamam depressa, e do mundo o espetáculo é vário
e pede ser visto e amado. É tão pouco, cinco sentidos.
Pois que sejam lépidos, Luis Mauricio, que sejam novos e comovidos.
E como há tempo para viver, Luis Mauricio, podes gastá-lo à janela
que dá para a "Justicia del Trabajo", onde a imaginosa linha
da hera
tenazmente compõe seu desenho, recobrindo o que é feio, formal e triste.
Sucede que chegou a primavera, menino, e o muro já não existe.
Admito que amo nos vegetais a carga de silêncio, Luis Mauricio.
Mas há que tentar o diálogo quando a solidão é vício.
PARTE 2
E agora, começa a crescer. Em poucas semanas um homem
Se manifesta na boca, nos rins, na medalhinha do nome.
Já te vejo na proporção da cidade, dessa caminha em que dormes.
Dir-se-ia que só o anão de Harrods, hoje velho, entre garotos enormes,
conserva o disfarce da infância, como, na sua imobilidade,
à esquina de Córdoba e Florida, só aquele velho pendido e sentado,
de luvas e sobretudo, vê passar (é cego) o tempo que não enxergamos,
o tempo irreversível, o tempo estático, espaço vazio entre ramos.
O tempo – que fazer dele? Como adivinhar, Luis Mauricio,
o que cada hora traz em si de plenitude e sacrifício?
Hás de aprender o tempo, Luis Mauricio. E há de ser tua ciência
uma tão íntima conexão de ti mesmo e tua existência,
que ninguém suspeitará nada. E teu primeiro segredo
seja antes de alegria subterrânea que de soturno medo.
PARTE 3
Aprenderás muitas leis, Luis Mauricio. Mas se as esqueceres depressa,
Outras mais altas descobrirás, e é então que a vida começa,
e recomeça, e a todo instante é outra: tudo é distinto de tudo,
e anda o silêncio, e fala o nevoento horizonte; e sabe guiar-nos o
mundo.
Pois a linguagem planta suas árvores no homem e quer vê-las cobertas
de folhas, de signos, de obscuros sentimentos, e avenidas desertas
são apenas as que vemos sem ver, há pelo menos formigas
atarefadas, e pedras felizes ao sol, e projetos e cantigas
que alguém um dia cantará, Luis Mauricio. Procura deslindar o canto.
Ou antes, não procures. Ele se oferecerá sob forma de pranto
ou de riso.E te acompanhará, Luis Mauricio. E as palavras serão servas
de estranha majestade. É tudo estranho. Medita por, exemplo, as ervas,
enquanto és pequeno e teu instinto, solerte, festivamente se aventura
até o âmago das coisas. A que veio, que pode, quanto dura
essa discreta forma verde, entre formas?
PARTE 4
E imagina ser pensado,
pela erva que pensas. Imagina um elo, uma afeição surda, um passado
articulando os bichos e suas visões, o mundo e seus problemas;
imagina o rei com suas angústias, o pobre com seus diademas,
imagina uma ordem nova; ainda que uma nova desordem, não será bela?
Imagina tudo: o povo,com sua música; o passarinho, com sua donzela;
o namorado com seu espelho mágico; a namorada, com seu mistério;
a casa, com seu calor próprio; a despedida, com seu rosto sério;
o físico, o viajante, o afiador de facas, o italiano das sortes e seu
realejo;
o poeta sempre meio complicado; o perfume nativo das coisas e seu
arpejo;
o menino que é teu irmão, e sua estouvada ciência
de olhos líquidos e azuis, feita de maliciosa inocência,
que ora viaja enigmas extraordinários; por tua vez, a pesquisa
há de solicitar-te um dia, mensagem perturbadora na brisa.
PARTE 5
É preciso criar de novo, Luis Mauricio. Reinventar nagôs e latinos,
E as mais severas inscrições, e quantos ensinamentos e os modelos mais
finos,
de tal maneira a vida nos excede e temos de enfrentá-la com poderosos
recursos.
Mas seja humilde tua valentia. Repara que há veludo nos ursos.
Inconformados e prisioneiros, em Palermo, eles procuram o outro lado,
E na sua faminta inquietação, algo se liberta da jaula e seu quadrado.
Detém-te. A grande flor do hipopótamo brota da água – nenúfar!
E dos dejetos do rinoceronte se alimentam os pássaros. E o açúcar
que dás na palma da mão à língua terna do cão adoça todos os animais.
Repara que autênticos, que fiéis a um estatuto sereno, e como são
naturais.
É meio-dia, Luís Maurício, hora belíssima entre todas,
pois, unindo e separando os crepúsculos, à sua luz se consumam as bodas
do vivo com o que já viveu ou vai viver, e a seu puríssimo raio
entre repuxos, os “chicos” e as “palomas” confraternizam na “Plaza de
Mayo".
Aqui me despeço e tenho por plenamente ensinado o teu ofício,
que de ti mesmo e em púrpura o aprendeste ao nascer, meu netinho Luis
Mauricio.
Carlos Drummond de Andrade
Fonte: www.estadao.com.br/especiais/mashup-carlos-drummond-de-andrade,151088.htm
ARTIGOS SOBRE MASHUP
USANDO TECNOLOGIAS DA WEB SEMÂNTICA PARA
CONSTRUÇÃO E EXECUÇÃO DE MASHUPS DE DADOS.
VÍDEO MASHUP PARA SITES DE
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS - IMPLICAÇÕES DO OPEN CONTENT NO
PROJETO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM
REUTILIZÁVEIS.
UM ESTUDO SOBRE MASHUP PARA O DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES EM UMA ABORDAGEM SOA.
WEBSITES DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS NACIONAIS DE TRADIÇÃO IBÉRICA E FERRAMENTAS WEB 2.0: UMA REFLEXÃO SOBRE A CULTURA PARTICIPATIVA.
OS MASHUPS ESTÃO CHEGANDO!
As aplicações mashup bateram às portas da Web há poucos anos e
estão se tornando bastante populares. Se pesquisarmos o termo no Google Trends
e visitarmos sites como o Programmableweb (htt p:// www. prog ramm able web. com/ ),
veremos estatísticas interessantes. Agora no início de julho o Programmableweb
registrava 3171 mashups. O crescimento é acelerado, de pouco mais de 2600
mashups em janeiro para os mais 3100 agora. A estatística mais atual (htt p:// www. prog ramm able web. com/ mash ups)
mostra pelo menos 3 novos mashup sendo registrados por dia.
Aliás, já usamos mashups de forma sistemática. Querem um bom exemplo? O iGoogle
(htt
Uma pesquisa do Economist Intelligence Unit, feita em janeiro de 2007 já
mostrava que 22% das empresas pesquisadas estavam usando mashups e 42%
planejavam usar em no máximo dois anos. O que significa isto? Mashups estão
saindo do campo das curiosidades tecnológicas, do mundo do usuário final, para
entrarem nas empresas.
E que os mashups vão trazer de diferente para as áreas de TI? Talvez a maior
diferença seja que os usuários vão poder criar suas próprias aplicações...isto
é uma quebra de paradigmas. No modelo tradicional os desenvolvedores escrevem
todas as aplicações, inclusive os interfaces para os usuários. Quase não há
espaço para customizações. Com mashups, os desenvolvedores vão se concentrar na
geração das informações empresariais, expondo-as via APIs (olhem o SOA!)
deixando para o usuário a construção da camada de visualização. Criar mashups
como o Housingmaps (htt p:// www. hous ingm aps. com/ )
ou o Zillow (htt p:// www. zill ow.c om/) é hoje quase tão
fácil quanto criar um blog. O resultado é que usuários sem maiores
conhecimentos de tecnologia (basta um conhecimento técnico similar ao uso
básico do Excel, por exemplo) podem criar suas próprias aplicações mashup.
A área de TI, concentrando-se em ser uma data source corporativa também vai
atuar de forma mais produtiva, uma vez que grande parte do trabalho de escrever
interfaces e aplicações end-user ficarão a cargo dos próprios usuários.
Lembram-se do conceito da cauda longa (Long Tail)? Pois estas aplicações
mashups atenderão a imensa demanda da cauda...Além disso, a maior
flexibilidade, de aglutinar informações internas e externas vai gerar uma
camada de visualização e aplicações end-user muito mais inovadora que
atualmente. Visualizem um internet banking que possibilite uma experiência com
o usuário muito mais rica e sintonizada com suas necessidades...Por exemplo, na
IBM temos uma aplicação experimental chamada Trip Planner, que combina 10
diferentes fontes de dados, inclusive com mapa mostrando onde, em cada cidade,
os hotéis, locadoras de veículos e escritórios da IBM estão localizados.
Como lembrete, se quiserem se atualizar sobre o conceito da cauda longa acessem
o http ://w ww.t helo ngta il.c om/.
Bem, mas tudo será tão formidável assim? Claro que existem muitas pedras no
caminho...tem um paper muito interessante que mostra alguns dos desafios para
se chegar ao cenário dos mashups empresariais. Vale a pena lê-lo. Está em http ://b logs .zdn et.c om/H inch clif fe/? p=14 1.
Mas, um passo a frente na evolução dos mashups empresariais é a entrada da IBM
neste contexto. Vejam o anúncio em http ://w ww-0 3.ib m.co m/pr ess/ us/e n/pr essr elea se/2 3378 .wss .
A IBM está desenvolvendo muitas ações para tornar os mashups empresariais
adequados em termos de segurança e padrões. Recentemente doou sua tecnologia de
“secure mashup” para a OpenAjax Alliance, que vai embuti-la no projeto OpenAjax
Hub 1.1. Esta tecnologia permite informações de diferentes fontes se
comunicarem, mas as mantém separadas, evitando que código mal intencionado
possa contaminar os sistemas corporativos. Vejam mais informações em http ://w ww.o pena jax. org/ memb er/w iki/ Open Ajax _Hub _1.1 _Spe cifi cati on
e http ://w ww.o pena jax. org/ whit epap ers/ Ajax %20a nd%2 0Mas hup% 20Se curi ty.p hp.
O Gartner Group publicou algumas análises sobre os anúncios da IBM no cenário
dos mashups, como o Mashup Center. Alguns
extratos destas análises são: “IBM has announced the beta version of its IBM
Mashup Center. The offering is unique in its capabilities and promises to
generate more enterprise interest in mashups, bringing them a step closer to a
mainstream business use”. E finaliza com “Mashup implementations and
technologies are evolving rapidly. Don’t ignore this important trend; rather,
immediately begin forming a strategy for enterprise mashups. Evaluate IBM as a
potential mashup environment provider, especially where business users are the
target mashups builders and legacy systems access is an imperative”.
Para saber um pouco mais do Mashup Center vejam estes anúncios
da IBM em http ://w ww-0 3.ib m.co m/pr ess/ us/e n/pr essr elea se/2 4340 .wss
e http ://w ww-0 3.ib m.co m/pr ess/ us/e n/pr essr elea se/2 3838 .wss .
Na minha opinião, os mashups empresariais vão se tornar a bola da vez em mais
uns dois anos. É o tempo para a maturação das suas idéias e conceitos, vencer
resistências. Mas será uma tendência irresistível. Para imaginarmos o aumento
de produtividade das empresas, podemos considerar que para cada desenvolvedor
profissional deve existir pelo menos de 10 a 20 usuários razoavelmente
preparados (com conhecimentos técnicos suficientes para programar algo da
complexidade da programação em Excel) prontos para escreverem aplicações
mashups específicas para seus problemas de negócio...
Bem, e a opinião de vocês?
Tags: web20 inovacao
Fonte: https://www.ibm.com/developerworks/community/blogs/ctaurion/entry/os_mashups_est_c3_a3o_chegando?lang=en
MUSHUP E A INFORMATION RETRIEVAL
O MASHUP surge no
contexto das novas ferramentas da WEB 2.0 (cuja característica principal é a
integração com o usuário). O seu uso no campo da Ciência da Informação - CI (arquivos,
bibliotecas, museus, centros de documentação, serviços de informação e unidades
de informação) se constitui em ferramenta essencial para a disseminação da
informação, na medida que é mais uma ferramenta de recuperação da informação
para o atendimento as necessidades informacionais dos usuários na era do
conhecimento.
A Ciência da
Informação, segundo Capurro (2003), originou-se como uma teoria da information
retrieval - IR (teoria da recuperação da informação), que era baseada numa forma de
pensar fisicista. Por isso, o autor afirma que essa forma física da CI (também
conhecido como paradigma físico), excluía o papel ativo do usuário no processo
de recuperação da informação científica, em particular, bem como em todo
processo informativo e comunicativo, em geral. Mas admite que os limites da
teoria da recuperação da informação hajam conduzido a uma forma cognitivista de
pensar a CI (também conhecido como paradigma cognitivo). Há também
consenso entre os autores ao admitir que as origens
da Ciência da Informação encontram-se na Biblioteconomia, em especial nas áreas
de documentação e recuperação da informação, e que seu surgimento está
intimamente ligado à revolução científica e técnica que se seguiu à II Grande
Guerra, em especial ao desenvolvimento das Tecnologias de Informação e
Comunicação – TICs (SARACEVIC, 1996; INGWERSEN, 1992; LE COADIC, 1996).
(ROZADOS, 2003).
Isso pode ser em parte
entendido por que o paradigma físico se constituiu a partir do contexto
aplicativo da recuperação de informação, esculpido entre as décadas de 60 e 80,
que tinha como principal linha de estudos o enfoque essencial nos sistemas de
informação, o que colocava o usuário em um plano inferior. Já o paradigma
cognitivo tem seu advento em meados da década de 70, apresentando um olhar para
o usuário da informação sem considerar, no entanto, suas perspectivas sociais e
materiais, que só viriam com o paradigma social a partir de meados da década de
90. (SILVA; FARIAS, 2013).
Conclui-se que o MASHUP, bem como
outras ferramentas da WEB 2.0, viabiliza um processo de comunicação interativo
entre o homem e a máquina e que as mensagens enviadas pela máquina ou pelo
homem para um indivíduo podem transformar a informação abstrata em senso real.
REFERÊNCIAS
CAPURRO,
R. Epistemologia e Ciência da informação. V ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. Belo Horizonte: ECI/UFMG, 2003.
SILVA. J.L.C.; FARIAS, M.G.G. Reflexões
teóricas sobre a construção paradigmática da Ciência da Informação:
considerações acerca do(s) paradigma(s) cognitivo(s) e social. BIBLIOS –
Revista de Bibliotecología y Ciencia de la Information, 2013. Disponível em
< http://biblios.pitt.edu/ojs/index.php/biblios/article/view/89/165>.
Acesso em nov.2013.
ROZADOS,
H.B.F. A Ciência da Informação em sua aproximação com as Ciências Cognitivas.
Em Questão, Porto Alegre, v.9, n.1, p.79-94, jan./jun. 2003.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
APRESENTAÇÃO
Este blog é resultado da disciplina ICIA13 - Tecnologia da Informação Arquivística, com a Profª Drª Maria Carolina Souza, do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia - ICI/UFBA. E objetiva apresentar informações sobre Meshup para a Arquivologia.
CONCEITO DE MASHUP
Vem da ideologia web 2.0, em que se prega a interação e colaboração entre usuários, além do princípio de web como plataforma. Também é um novo gênero de aplicações web interativo que tira partido de conteúdos recolhidos de fontes de dados externos para criar serviços novos e inovadores.
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